sexta-feira, 3 de julho de 2009

A pior e a melhor comida do mundo

Há muito tempo, um rico mercador grego tinha um empregado chamado Tim. Um escravo sem muitos atrativos, mas de sabedoria única no mundo. Um belo dia o fazendeiro, para provar as qualidades de seu escravo, ordenou:



- Toma, Tim. Aqui está esse saco cheio de moedas. Corre ao mercado e compre lá o que houver de pior para um banquete. Mas não tentes me enganar. Traze o troco direitinho.



Pouco tempo depois, Tim voltou do mercado e colocou sobre a mesa um prato coberto por um pano. O mercador levantou o pano e ficou surpreso:



- Língua?



Tim baixou os olhos e respondeu:



- A língua, Senhor, é o que há de pior no mundo. É a fonte de todas as intrigas, o início de todos os processos. A mãe de todas as discussões. É a língua que separa a humanidade. Que divide os povos. É a língua que mente, que esconde, que engana, que explora, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que xinga, que destrói, que vende, que corrompe. Com língua dizemos: “morre”, “eu te odeio”, “você é um infeliz”, “você é incapaz”. A língua é o órgão da mentira, da discórdia, dos desentendimentos. Aí está, senhor, porque a língua é a pior comida do mundo.



- Muito bem, Tim! Tu realmente me trouxeste o que há de pior. Tome agora esta outra sacola de moedas, vá novamente ao mercado e traze o que tiver de melhor.



Mais uma vez, depois de algum tempo, o escravo Tim voltou do mercado trazendo um prato coberto por um fino pano de linho. O mercador recebeu o com um sorriso e disse:



- Hum! Já sei o que há de pior. Vejamos agora o que há de melhor!



- O mercador levantou o pano e ficou indignado.



- Queres ser espancado? Língua? Língua outra vez? Não disse que a língua é o que há de pior?



O escravo, de olhos baixos, explicou sua escolha:



- O que há de melhor que a língua? A língua é o que une a todos quando falamos. Sem a língua não poderíamos nos entender. A língua é o órgão da verdade e da razão. Graças a ela é que se constroem as cidades. Graças a ela é que dizemos o nosso amor. Com a língua se ensina, se instrui, se reza, se explica, se canta, se elogia, se demonstra e se afirma. Com a língua dizemos: “Querido”, como também “Deus”, “sim, tudo vai dar certo”, “sim”, “eu te amo!” A língua é órgão do diálogo. É a língua que torna eterna as idéias dos grandes salmistas e as idéias dos grandes escritores.



Moral da história: Jesus nos deu possibilidade não só de falarmos, mas igualmente de expressarmos os nossos sentimentos e por isso Ele realizou um verdadeiro milagre que é todo o nosso corpo. Cada centímetro foi criado por Deus de forma particular e especial. Que todo o nosso ser, como também a língua, seja instrumento do amor de Deus.

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